O que sai na mídia sobre aprendizado digital

sábado, 10 de março de 2007

O laptop que pode salvar o mundo

Este laptop pode salvar o mundo? Com este título, o redator chefe da Época NEGÓCIOS, Fabio Altman, abre a reportagem sobre o projeto de educação One Laptop per Child, que o governo brasileiro vem estudando desde julho de 2005.
A dica é do Rodrigo Mesquita, no portal de relacionamentos Peabirus. Esta interessantíssima revista está parcialmente online, naquele sistema em Flash que dá pra "folhear", ampliar as matérias, e tal...

Pessoalmente, acho que responder afirmativamente ao título da matéria não seria um exagero. Não devemos subestimar pessoas e células neuronais quando são colocadas em rede. Imagine 60 milhões de pessoas. E o projeto UCA não significa um computador por aluno, mas um computador por família. Imagine então milhões de famílias.

É claaaaro que, maior parte do tempo, as maquininhas não terão utilidades estritamente escolares, curriculares, mas que diabos... socializações e diversões também são experiências de aprendizado.

Um comentário:

rodrigo disse...

Abaixo, uma proposta de conversa sobre a questão educação, computadores, conectividade, professores, governos e staus quo a partir de extratos de uma palestra (veja a íntegra neste link) de Seymour Papert no Imperial Gollege, de Londres em junho de 1998, quando ele estava lançando o livro Connected Fammily.

Papert, junto com outros educadores, foi um dos pilares do Media Lab, o laboratório de mídia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, que foi criado há quase 30 anos por Nicholas Negroponte e Jerome B. Wiesner para estudar os impactos das convergências das mídias, em função da evolução das tecnologias de informação, sobre a sociedade contemporânea. Trabalhando para Inventing a Better Future .

Em janeiro de 2005, Nicholas Negroponte anunciou em Davos o projeto de educação sem fins lucrativos One Laptop per Child, que sustentado por um laptop de baixo custo, uma rede de comunicação distribuída, um sistema operacional aberto e aplicativos desenvolvidos para a construção do conhecimento contribuído, foi apresentado como proposta de plataforma para a educação na era da Sociedade do Conhecimento.

Em julho de 2005, Papert acompanhou Nicholas Negroponte na visita feita ao governo brasileiro para propor a entrada no projeto piloto como líder do processo e se preparasse para exportar educação - software (inteligência) e conteúdo. De lá para cá, a indústria de hardware entrou globalmente no processo investindo em máquinas de baixo custo e o governo brasileiro acabou abrindo uma concorrência para definir que equipamento seria adquirido. Apesar de o governo brasileiro criado o projeto Um Computador por Aluno, UCA, não propôs ao país o início de uma profunda reforma no nosso sitema de educação com o objetivo de prepararmo-nos com objetividade e seriedade para a Sociedade do Conhecimento. Não trouxe este debate para a sociedade.

A mídia tradicional também não contribuiu para levantar a questão. Vem cobrindo este processo desde o início como uma disputa de mercado de computadores e não como um projeto de educação. A mídia tradicional não considera o sistema de educação da era industrial está falido.

A licitação não foi vencida pelo projeto One Laptop per Child. Ganhou uma das máquinas de empresas do mercado. OLPC ainda não conseguiu chegar no preço que se propôs - U$ 100. A licitação rezava vantagens para quem montasse a máquina no Brasil. A licitação foi suspensa. Será reaberta nos próximos 45 dias. OLPC, apesar de considerar que os ganhos para a sociedade estava e está em investir e software + conteúdo/processo (inteligência) anunciou que fará o "assembly" aqui para ter as mesmas vantagens fiscais que os representantes da iniciativa privada.

Nicholas Negroponte e sua equipe saíram do Media Lab e fundaram a entidade sem fins lucrativos One Laptop per Child. Os consumidores, a sociedade, foram beneficiados pelo movimento da infústria de hardware que deixou de olhar exclusivamente para o segmento de mercado que podia pagar 1.500/2. 000 reais por um computador. O movimento do fundador do Media Lab trouxe alguma perspectiva para de 5 bilhões de excluídos.

Mas e a Educação? Como fica? Abaixo, os extratos da palestra de Papert, que há 10 anos já estava mergulhado nesta questão fundamental para o nosso desenvolvimento. A sua participação com comentários, críticas, sugestões e opiniões é muito bem vinda.

Veja mais neste link http://www.peabirus.com.br/redes/form/post?pub_id=10946.