O que sai na mídia sobre aprendizado digital

quinta-feira, 29 de março de 2007

Intel Classmate na experiência um-por-um

O mexicano Ricardo Carreon, em sua coluna, fala sobre as experiência com o Intel Classmate na Costa Rica , na escola elementar Fidel Ruiz, perto de San José. Embora Intel-biased (ele é executivo da empresa), o texto tem muitas informações positivas sobre o uso 1:1 (um computador por criança) mas não especifica se os alunos podem levar o equipamento para casa.

Gostei do microscópio USB... Minhas experiências com microscópios na infância foram muito frustrantes, porque não dava pra ver muito coisa. Eu queria ver hemácias, micróbios, talvez alguns átomos, mas só via fios de cabelo e escamas de borboleta. Será que estes eletrônicos melhoraram a microscopia escolar?

terça-feira, 27 de março de 2007

Wi-Fi nas prefeituras brasileiras

"As 5.561 prefeituras municipais do país podem implantar redes sem fio Wi-Fi, de baixo custo, para prestação de serviços de educação, cultura e informação via intranet. A Anatel criou duas opções regulatórias para o segmento. A primeira, de forma indireta, por meio de empresas públicas ou privadas, autorizadas para prestar Serviço de Comunicação Multimídia (SCM). A outra, direta, por meio de licença do Serviço de Rede Privado, submodalidade do Serviço Limitado Privado (SLP), de interesse restrito."

Leia mais em Thesis - Wi-Fi nas prefeituras brasileiras

OLPC videoblog

Red Hat Magazine começa a postar vídeos sobre o projeto OLPC. No "primeiro episódio, primeira temporada", o MC Chris Blizzard apresenta vários participantes empregados e voluntários falando sobre o projeto. Entre eles, Bender, Jepsen e nosso Marcelo Tosatti, colorindo a produção com o inconfundível brazilian accent.

Via J5 blog's.

domingo, 25 de março de 2007

Intel lança o Classmate PC

A agitação em torno do Classmate que a gente via antes era pré-lançamento, então. O "assistente de aprendizagem para mercados emergentes" já está disponível como produto e tem até um portal próprio.

Na área do software básico, ele poderá rodar os sistemas operacionais Windows XP Profesional (gringo) ou os Linux-based Mandriva Discovery 2007 (francês) ou Metasys Classmate 2.0 (brasileiro, muito usado em Minas Gerais. Comentários no Viva o Linux). Para Windows, precisará de 2 GB de memória Flash, o dobro dos sistemas Linux.

Via blog do Intel guy Ricardo (boa fonte sobre assuntos TIC latinoamericanos, BTW).

quinta-feira, 22 de março de 2007

Servidor OLPC: cada país poderá fazer o seu

Da wiki OLPC:

Unlike the laptop, the manufacturing collaboration will not be exclusive. Individual countries will be free (even encouraged) to design and manufacture their own school servers running derivatives of the OLPC school server software.

Isso deve amansar a indústria brasileira de informática. Se cada servidor tiver capacidade para 100 alunos, serão necessários 600 mil servidores para sustentar os 60 milhões de laptops educacionais do Brasil. Uma média de três servidores por escola. Por ano, a indústria terá de fornecer 120 mil servidores ao custo de uns 500 reais cada. Um negócio de 60 milhões de reais por ano.

Também dá margem a que o Brasil use, por exemplo, o gerenciador de aprendizado Amadis, do LEC-Ufrgs , em vez do Moodle, como vem sendo estudado pelo OLPC.

quarta-feira, 21 de março de 2007

OLPC: laptop das crianças poderá ser mais poderoso

Segundo conversas na lista de desenvolvedores, parece que as especificações do laptop XO do projeto OLPC sofreram importantes atualizações: agora, as maquininhas das criaças virão com o processador AMD Geode LX-700, de 466MHz, em vez do GX-500 a 366MHz. A memória RAM será de 256MB e a memória de armazenagem comprimida, de 1024MB.

Segundo Chris Blizzard
, chefe do projeto OLPC na Hed Rat, o novo processador tem mais velocidade, mais recursos de manipulação de vídeo, memória cache L2, mais memória cache L1. Apesar de mais poderoso, o LX-700 é até menos potente: gasta no máximo 3,1 watt-hora, contra 3,3 w-h do GX.

Confia as mudanças na Wiki do projeto.

Revista Linux em PDF (gratuita)

Revista portuguesa Linux já está no segundo número. O formato tem orientação "retrato", apropriado para impressão, diferentemente da Tux Magazine, que tem orientação "paisagem", feita para ser lida na tela do computador.

Mas é notável que a Revista Linux tenha sido produzida com o programa para editoração eletrônica Scribus, "genérico" do InDesign ou Quark Xpress, que está amadurecendo rapidamente para uso profissional.

Via Peopleware.

terça-feira, 20 de março de 2007

Macfags pegam carona no OLPC

Os enfant terribles fãs de Macintosh não perdem uma oportunidade de mostrar como são enfants e como são terribles . Agora, um tal Metalab Institute of Technology lançou uma página parodiando o site do OLPC, só que com o nome One Macbook Per Child.

Os links não funcionam, a piada fica só na primeira página.
Via OLPC News.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Sugar: sem açúcar?

John Gilmore, um dos fundadores da Free Software Fundation e criador do Gnash (GNU Flash), num texto com jeitão de flame, critica a interface Sugar, que vai aglutinar todas as atividades do laptop XO:

[...] Why should kids have to batter their way through this idiocy before they can get to any educational materials? Why does everybody just keep shrugging and apologizing for how rotten the UI is, without doing anything about it? It's true, on paper, Sugar's ideas might have been a brilliant advance in the state of the art, another miracle like the LCD screen, like the power management, like the OLPC business model. But once Sugar was implemented and we could use it, it turned out that it WASN'T a brilliant idea; in fact, it sucked. Face facts! Give it up and get something that works, rather than have it torpedo the project. [...]

Via Invisible Sandwich, coluna de Cris Blizzard, chefe do projeto OLPC na Red Hat.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Ética Hacker: Sérgio Amadeu e HackerTeen disponibilizam material gratuitamente

O hacking é uma das bases do OLPC. Esta notícia tem muito a ver com o projeto.

---------- Forwarded message ----------
From: Dicas-L-Owner@dicas-l.com.br <Dicas-L-Owner@dicas-l.com.br>
Date: Mar 12, 2007 1:22 PM
Subject: [Dicas-L] Ética Hacker: Sérgio Amadeu e HackerTeen disponibilizam material gratuitamente


Conteúdo criado especialmente para os alunos do HackerTeen agora está na Internet

O sociólogo e professor Sérgio Amadeu, reconhecido por sua militância em favor
da utilização do software livre, e o HackerTeen (http://www.hackerteen.com.br)
- formação profissional para adolescentes de 14 a 19 anos sobre redes e
segurança da computação, empreendedorismo na Internet e Ética Hacker -
divulgaram nesta sexta-feira, 09 de março, o conteúdo das aulas de Ética
Hacker ministradas no projeto educacional.

Mostrar o que é a ética, qual sua importância para as sociedades e como ela
evoluiu historicamente até chegar na era informacional foram os objetivos
apontados por Amadeu para a criação do curso. "Ele é muito centrado nas
idéias de Pekka Himanen, que escreveu seu doutorado após pesquisar a ética dos
hackers", esclarece o sociólogo e Doutor em Ciência Política pela Universidade
de São Paulo.

Para Amadeu, a ética é importante em todas as atividades humanas. "Os médicos
têm uma ética, os professores, os juízes, enfim, os grupos sociais acabam
construindo finalidades para sua existência e para as suas ações. Estar
de acordo com esses objetivos finais é atuar com ética. A cultura hacker é
essencialmente baseada em atitudes éticas e no tripé: liberdade, colaboração
e conhecimento", explica o autor do material.

As aulas - disponíveis gratuitamente na página:
http://www.hackerteen.com.br/material_etica.php - trazem questões políticas,
filosóficas e éticas, relacionadas a temas atuais, tecnologia, software livre,
filmes e conteúdo teórico que vai de Aristóteles, passando por Descartes,
Pekka Himanen e Sócrates, entre muitos outros.

Mas não pense que se trata de algo cansativo. Quem garante isso são os
próprios alunos do HackerTeen, adolescentes que, provavelmente, achariam
tal disciplina bastante maçante, caso fosse vista do modo tradicional.

"Em escolas comuns essas matérias são extremamente teóricas, mas no HackerTeen
são feitos links desse conteúdo para atividades reais. As pontes criadas
entre teoria e prática são fundamentais para trazer vida à aula", revela
Diego Silva, de 15 anos, que já concluiu as seis etapas do curso.

De acordo com o sociólogo responsável pela elaboração do material, os
filmes são uma forma de trazer os jovens para discutir a ética no seu
universo. "Muitos jovens ficaram surpresos ao saber que o filme Matrix se
referenciava fortemente no mito da caverna de Platão, um dos maiores filósofos
gregos da antigüidade clássica. Procuramos iniciar a compreensão das idéias
de filósofos como Descartes, Espinosa, Sócrates, entre outros, a partir da
ficção criada nas situações e pelos personagens dos filmes. Esta técnica
tem sido empregada com sucesso em vários outros cenários", revela Amadeu.

Mateus Andrade, um dos professores do curso e responsável pelas ilustrações
do material, afirma que os alunos participam ativamente dos debates durante
as aulas. "Temas filosóficos, naturalmente, trazem muitos questionamentos. O
desafio é fazê-los pensar por si mesmos, estimulá-los na busca pela resposta,
sem impor uma idéia pronta".

O material divulgado corresponde às aulas de Ética Hacker ministradas em todas
as seis faixas (etapas) da formação HackerTeen, e está agora disponibilizado
sob a licença livre Creative Commons, que permite a utilização, reprodução
e modificação do material, desde que não seja para fins comerciais.

"Liberamos o conteúdo das aulas com esta licença no intuito de instigarmos
os jovens a pensar sobre o melhor uso da tecnologia em favor da sociedade",
esclarece Marcelo Marques, diretor de estratégias do HackerTeen e um dos
idealizadores do projeto.

Sérgio Amadeu concorda: "este material sendo liberado em Creative Commons pode
ser aproveitado por outros alunos e professores. Também pode ser retrabalhado e
gerar mais iniciativa que estimulem o debate ético. Compartilhar conhecimentos
é a melhor forma de obter crescimento", conclui o autor do texto.

"Divulgar esse material é uma forma de contribuir com a expansão do
conhecimento e, potencialmente, pode atrair os jovens para o lado positivo
nesse contexto da cibercultura", avalia o professor Mateus Andrade.

*Sobre o HackerTeen:* Idealizado pela 4Linux, empresa especializada
em treinamentos e serviços baseados em softwares livres com foco em
segurança, o HackerTeen (http://www.hackerteen.com.br) é uma proposta de
ensino profissionalizante para adolescentes de 14 a 19 anos, sobre redes
e segurança da computação, empreendedorismo na Internet e Ética Hacker.
Com uma metodologia inovadora, foi avaliado como "primeiro e único no mundo"
pela Harvard Business School. O público do HackerTeen são jovens que gostam
de computadores e desperdiçam o seu tempo em atividades não produtivas (chat,
Orkut, MSN). O objetivo do projeto é fazer com que os jovens aprendam aquilo
que realmente fará diferença para eles no mercado de trabalho ou ajudá-los
a montar o próprio negócio relacionado com computadores.Para que os jovens
se sintam envolvidos, o método de ensino da formação é baseado em desafios,
utilizando, para isso, o sistema operacional Linux aliado com temas jovens,
recursos de mangás (histórias em quadrinhos japonesas), jogos RPG (Role
Playing Game), palestras com personalidades, acompanhamento psicológico e
pedagogia baseada na teoria de Paulo Freire. Além de capacitar alunos para
atender as necessidades do mercado de trabalho, o HackerTeen também tem
como objetivo desmistificar o termo 'hacker', que muitas vezes é empregado
inadequadamente, confundido com 'cracker'. Se por um lado, o cracker é o
criminoso que invade computadores e viola dados, por outro, o hacker é o
profissional com grande conhecimento de informática e sistemas da computação
que utiliza suas habilidades em benefício da sociedade.

*Sérgio Amadeu da Silveira:* é sociólogo e Doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Professor da pós-graduação da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero e autor de várias publicações, entre elas: Exclusão Digital: a miséria na era da informação. É Militante do Software Livre.

sábado, 10 de março de 2007

O laptop que pode salvar o mundo

Este laptop pode salvar o mundo? Com este título, o redator chefe da Época NEGÓCIOS, Fabio Altman, abre a reportagem sobre o projeto de educação One Laptop per Child, que o governo brasileiro vem estudando desde julho de 2005.
A dica é do Rodrigo Mesquita, no portal de relacionamentos Peabirus. Esta interessantíssima revista está parcialmente online, naquele sistema em Flash que dá pra "folhear", ampliar as matérias, e tal...

Pessoalmente, acho que responder afirmativamente ao título da matéria não seria um exagero. Não devemos subestimar pessoas e células neuronais quando são colocadas em rede. Imagine 60 milhões de pessoas. E o projeto UCA não significa um computador por aluno, mas um computador por família. Imagine então milhões de famílias.

É claaaaro que, maior parte do tempo, as maquininhas não terão utilidades estritamente escolares, curriculares, mas que diabos... socializações e diversões também são experiências de aprendizado.

Laptops das crianças em testes na Unicamp

Alerta de notícias do Google sobre: olpc

Unicamp avalia computadores portáteis educacionais
Cosmo Online - Campinas,SP,Brazil
Segundo Valente, os três modelos avaliados são OX (da organização não-governamental One Laptop Per Child/OLPC - Um laptop por criança, ...

OLPC: argentinos dão olé no Brasil

Talvez Maradona não seja melhor que Pelé, mas as movimentações dos argentinos em relação ao OLPC dão um banho de informação nos brasileiros.

No país dos negritos, o projeto UCA pareceu ter um bom início com o blog Pilotos do Projeto UCA , aparentemente não oficial (está no site gratuito Blogger, não no site do MEC). Mas o blog ficou restrito a uma agenda muito sem graça. Apenas há reuniões agendadas, e um resumo dos participantes. Justiça seja feita com o site do LEC (Ufrgs), bem completo na cobertura do UCA no Rio Grande do Sul.

Já os hermanos colocam notícias num portal oficial de Educação do governo argentino, e as novidades são divulgadas em forma de matérias completas, como nesta sobre os resultados de recente reunião do OLPC em Boston.

É vergonhoso que o país em que mais se usa internet, e que possivelmente fará maiores encomenda de laptops, esteja usando a rede de forma tão pobre nesta fase do projeto. Não seria o caso de colocarem assessores de imprensa no projeto UCA?

sexta-feira, 9 de março de 2007

O fabuloso Google Gapminder

Representação visual de dados numéricos é uma disciplina muito útil para jornalistas que precisam dar um panorama geral de uma situação a partir de toneladas de números. Um ótimo exemplo disso é o Google Gapminder, iniciativa do Google com o grupo Gapminder.

No aplicativo Web/Flash, você escolhe o tipo de dado que quer ver (população, emissão de carbono, renda etc), escolhe o país, cruza os dados e anima ao longo do tempo. Entre outras coisas, dá pra se analisar tendência.

Via Education/Technology.

quinta-feira, 8 de março de 2007

quarta-feira, 7 de março de 2007

Moodle: sugestão para formatação de aulas

Tem gente que acha o Moodle muito engessado, mas ele pode ser bastante livre na formatação de cursos. Isso pode levar a problemas de diagramação, já quem nem todos os professores têm cultura gráfica (quem usa folha de estilos do OpenOffice e Word?).

Uma dica é não "pirar" muito na formatação do texto e usar os estilos de texto HTML: Título 1 (H1) só para o título do curso, Título 2 (H2) para os títulos de cada aula , Título 3 (H3) para divisões internas em cada aula. A informação precisa ter hierarquia para indicar ao leitor o que ler primeiro.

Como exemplo, tem este meu cursos de Diagramação de Revista, cuja primeira aula pode ser acessada com a chave "revista01".

Eu modifiquei um pouco a folha de estilos normal do Moodle. mas o importante é definir a hierarquia do curso em HTML e não formatar "à mão". Só usar os estilos HTML. No máximo, negrito e grifo (fica bom negritar alguma expressão em cada parágrafo), sem abusar de cores, fontes, tamanhos de texto. Evitar o estilo "bilhete de seqüestrador.

Reportagem sobre UCA na Zero Hora, Brasil

O projeto Um Computador por Aluno, do governo brasileiro, é matéria do jornal Zero Hora de Porto Alegre, Brasil, de 2007-02-07, em capa e página interna do caderno ZH Digital. Em destaque, os modelos XO do OLPC, Classmate da Intel e Mobilis da Encore. Matérias de Vanessa Nunes, fotos de Genaro Joner.

As páginas em formato jpeg estão aqui:

segunda-feira, 5 de março de 2007

Como chineses escrevem SMS?

A nota do JW "Festa chinesa teve 15 bilhões de torpedos" me atiçou a curiosidade: como os chineses escrevem mensagens de celular? Se escrever com 26 letras já é um parto, escrever com 30 mil caracteres deveria ser impossível. Ledo engano.

Dei uma googada. No artigo mais interessante e explicativo achei isto:
There are two common methods of entering Chinese text into mobile phones: using a sound-alike phonetic method built on Roman text, or by using keystrokes that follow the rules of how a pen writes Chinese characters.
Entre outras facilidades, as palavras chinesas têm, em média, 1,6 caracteres.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Precisa-se: implementador de Xvid para OLPC XO

Em discussão na lista de desenvolvedores do projeto OLPC, debateu-se o compressor/descompressor de vídeo, o codec. O projeto usará o OGG/Theora OGG/Vorbis (OGG é o carro, Theora é o motor de vídeo. Vorbis será o motor de áudio).

Acontece que o Theora é um dos mais lentos codecs disponíveis no mercado. Ainda está na infância, não otimizado e cheio de bugs.

Eu perguntei sobre a possibilidade de se usar o Xvid, um concorrente do DivX, mas não comercial, de código aberto e livre. Inclusive a opção pelo Xvid está nas páginas da wiki OLPC. Nas minhas experiências, o Xvid é o codec mais eficiente no uso do processador e na qualidade do vídeo obtido. Por exemplo, eu gasto apenas 60%-70% do processador Sempron 2800+ para comprimir TV em tempo real com resolução completa: 640x480 pixels, 29,97 quadros por segundo, cor RGB, desentrelaçamento tomoscomp, codecs ffdshow/Xvid. Com o Theora, o processador vai a 100%, tranca todos os outros programas, e ainda perde metade dos frames. Outros codecs também elevam a 100% o uso doprocessador, embora não com tanta perda de frames.

Bem, acontece que o Xvid não tão é livre assim. Ele é compatível com MPEG4, e o MPEG4 é patenteado. Não por uma, mas por duas dúzias de empresas. Isto impede que seja usado em projetos nos EUA por questões legais.

Mas o Brasil e quase todos os países do mundo não aceitam patente de software. O Xvid poderia perfeitamente ser implementado no Brasil, depois que os computadores das crianças chegassem.

Não entendo muito de desenvolvimento de software, mas acho que precisaríamos de alguém que fizesse o codec funcionar em Fedora Core, integrado com o sistema de vídeo do XO, e criasse o instalador para distribuir os binários pela rede automaticamente. Quem se habilita?

quinta-feira, 1 de março de 2007

Riqueza, trabalho e venda de software

Só o trabalho produz riqueza. Duplicar software ou informação usa pouquíssimo trabalho, graças à tecnologia digital. A duplicação tem custo irrisório. Quando, em vez de vender serviço, se vende software ou informação, está se trocando algo que vale quase nada (pelas leis econômicas) e que não teve trabalho investido (pelas leis da Física) pelo trabalho que vale muito. Portanto, está se fazendo um enorme fluxo desequilibrado de capital, protegido por leis de copyright e patentes. Os legisladores que criaram estas leis receberam dinheiro de corporações para se elegeram e aprovarem tais leis.

Mesmo indo contra as leias da Física e da Economia, o imperialismo atual só se sustenta por leis criadas pelos poderosas corporações editoriais, de mídia e de software, contra os interesses da maioria da população. Esse tipo de lei leonina jamais passaria numa democracia direta.

Crítico do OLPC faz parceria com Microsoft

Wayan Vota é um dos maiores críticos do projeto OLPC. Equivocada ou não, toda crítica é sempre necessária para o aprimoramento das ciências, da sociedade ou de qualquer projeto. E para que nós mesmos vejamos nossos equívocos.

Wayan deveria refletir sobre suas críticas à fabricação do OLPC XO, por exemplo. Enquanto ele condena o fato que que o computador das criaças não será fabricado nos países compradores, ele faz, através de sua entidade GeekCorp, um acordo com a Microsoft para ensinar produtos Microsoft para libaneses.

Quiz dizer que desenvolver soluções locais só vale para hardware (coisa difícil), não para software (coisa fácil)?