Revista Exame fala sobre o projeto Um Computador por Aluno.
Engraçado a avaliação do jornalista. Ele diz que o XO "tem capacidade de processamento limitada". O que significaria isto? Limitada a quê? Ele tem desempenho aproximado ao do meu laptop Toshiba 2550 e ao meu AMD K6-2, que ainda estão em uso aqui em casa.
Toshiba 2550: Celeron 600 MHz, 192MiB de RAM, 980 bogomips.
AMD: processador K6-2 500MHz, 192MiB de RAM, 1090 bogomips.
O bogomips é uma medida do "laço vazio" do processador (o processador repetindo "nada"), usada para calibragem do Linux. Não mede o desempenho geral de um computador, mas serve para termos uma idéia aproximada do processamento. O antigo Geode GX do laptop XO faz 731 bogomips a 364 MHz. O novo Geode LX, com 433MHz, deve chegar a 860 bogomips, quase o desempenho do meu velho laptop de 2001. Para isto, gasta 3 watts de energia -- o mesmo que um computador desktop desligado -- e não precisa de ventilação.
Isto é "limitado"? Essa é uma palavra que não significa nada. Parece papo daquels lojas que anunciam computadores "completos". Isto é marketing e anti-marketing, não jornalismo.
Mais além, a matéria diz que não será possível avaliar quando o projeto UCA custará aos cofres públicos.
Pô, era só ter pesquisado. Se os 60 milhões de envolvidos no ensino básico receberem seus laptops, o governo gastará R$ 5.321.782.371,97 por ano .
Se todos os brasileiros receberm um laptop (projeto fictício Um Computador Por Cidadão), o poder público gastará 16 bilhões de reais por ano, ou quatro reais por mês, por cabeça. E economizará outros bilhões em comunicação, agilização da burocracia, pesquisas e estatísticas, eleições etc.
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